terça-feira, 28 de maio de 2013

Poema para Monlevade City


Monlevade, tu andas parada
Tu andas desanimada
Tu andas abandonada
Tu andas sem rima. Sem eira e nem beira…

Monlevade, onde anda sua cara
Monlevade, onde anda sua cura
Monlevade, onde anda tua aventura
Monlevade, onde anda teu prazer…
Onde andas teu rio, o Piracicaba

Onde andas Jean Monlevade
Onde andas Louis Ensch
Onde andas Bio, Pirraça e Dr. Lúcio
Onde andas teu passado
Onde andas tua sede
Onde andas teus sonhos

Pois é, João Monlevade… Mas você deve estar cansada
Com vontade de soltar este grito da garganta, desabafar
Porque estão muito te maltratando, te fazendo penar
Estão tirando você, Monlevada, do teu lugar.

E seus filhos, agoniados, sem prazer, sem tesão
Suas noites mal dormidas pelo desconforto e desilusão
Monlevade, onde andas a sua ternura, sua doce palavra
Como diria Drumond, acabaram também com seu terno de vidro
E colocaram forasteiros de merda para sugar seu minério e dar o fora…

E agora, Jean Monlevade?
E agora, Joães e Marias?
O tédio, o mar e nossas minas…
Até a Usina deixou de plantar.
Os sonhos parecem se derreter
A vida e a esperança parecem passar…

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