segunda-feira, 13 de maio de 2013

A duplicação que não sai do papel


O Edital pela enésima vez adiado. E outros virão e também serão adiados ou cancelados, ao bel prazer das falcatruas envolvendo o governo federal e as empreiteiras. E assim continuaremos reféns desta rodovia cujo índice de acidentes com vítimas fatais transcende à nossa imaginação. Culpa da estrada, dos motoristas imprudentes, culpa de caminhoneiros irresponsáveis e, em se tratando das vítimas, culpa maior de nossos governantes, verdadeiros moleques.

Muitos continuam com aquele discurso de que “o maior culpado pelo número de acidentes são os próprios motoristas”. E eu concordo em gênero, número e grau. Citando meu próprio exemplo – apesar de o amigo Joel Linhares, nosso leitor assíduo, não gostar muito (rs) -, digo que dirijo nesta rodovia, precisamente neste trecho da BR-381, entre Monlevade a Belo Horizonte e vice-versa – obviamente -, desde 1988, quando tirei minha CNH. E em BH moram meu filho mais novo, meus irmãos, tios, sobrinhos, cunhados e cunhada, amigos etc. Portanto, há 25 anos trafego por esta estrada e uma média de quatro vezes ao mês. Houve uma época que viajava toda a semana. E, graças a mim e a Deus, nunca sofri algum acidente neste trecho da 381. E agradeço muito ao Pai por esta proteção, a mesma que sempre dá à minha família, aos meus familiares e alguns amigos. Por isso, tudo depende de cada um que se encontra atrás do volante. Mas, a questão é a seguinte: a duplicação evitará quase 100% o choque frontal, ou seja, o que mais provoca os acidentes com vítimas fatais. Isso porque neste trecho de 110 Kms são mais de 200 curvas e grande parte delas feitas incorretamente. Na linguagem técnica, o “rôdo” muitas vezes puxa o veículo para fora da pista. Portanto, a duplicação é uma exigência de suma importância e a duplicação tinha de ser prioridade muitos anos atrás.

Pois é, mas voltando hoje para Monlevade, deparo com obras de asfaltamento num trecho da nossa rodovia. Precisamente entre o trevo de Caeté até Roças Novas. E deverá se estender por grande parte da estrada, já que a qualidade do asfalto em alguns pontos está com a vida útil contada. Aí eu me pergunto: se irão dar início às obras de duplicação nos próximos meses – afinal esta era a promessa da presidente Dilma Roussef -, por que asfaltar agora? E, segundo consta, com dinheiro do Estado através de um financiamento do governo federal. Portanto, caros usuários da BR-381, vamos aguardar sentados mais alguns anos. E contar com a nossa prudência e a graça de Deus.


Foto que fiz hoje quando vinha de BH, num trecho da BR-381 que vem recebendo asfaltamento. A qualidade não é boa, pois fiz de dentro do meu veículo, no momento que o trânsito ficou parado

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