terça-feira, 14 de maio de 2013

“Operação Tartaruga”: Secretaria de Educação faz pressão e não altera horário dos ônibus


Falta de respeito por parte da Secretaria de Educação e do prefeito Teófilo Torres que, talvez como forma de tentar pressionar os professores da rede municipal de ensino – em “Operação Tartaruga” desde ontem, segunda-feira -, não alteraram os horários dos ônibus da “Rota”, que fazem o transporte dos estudantes. Os alunos do horário matutino estão sendo dispensados às nove e meia, enquanto os do período vespertino às três e meia, ou seja, duas horas antes do término normal. Inicialmente, a Secretaria de Educação confirmou que faria a alteração dos horários da “Rota”, como forma de não prejudicar o retorno dos estudantes às suas casas, mas simplesmente “caiu no mato”, como afirmaram algumas mães de alunos, que entraram em contato comigo na tarde de hoje. Dessa forma, em muitos casos em que os pais trabalharam fora e não podem buscar os filhos menores, estes estão sendo obrigados a ficar nas escolas por duas horas até a chegada dos ônibus.

Se por um lado os estudantes estão sendo prejudicados pela redução nos horários das aulas, por outro os professores têm toda razão de se manifestarem. Aliás, decidiram acabar com a greve e encontraram como solução a “Operação Tartaruga”, que objetivo mostrar a insatisfação da categoria, que mais uma vez é desrespeitada pelo Executivo, que não cumpre ao menos o índice de reajuste concedido pelo FUNDEB – Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação. Em vigor desde 2007, este fundo veio para promover a valorização dos professores.

Agora, não tenho a menor dúvida de que a medida tomada pelo prefeito Teófilo Torres em desautorizar a mudança de horários dos ônibus que fazem a rota escolar pela rede municipal de ensino, é no mínimo despreparo em governar, usando de uma tática de revanchismo e que prejudica somente os estudantes, muitos deles ainda crianças e adolescentes e que ficarão expostos em frente às escolas por um período tão extenso. Não se pode governar pensando no próprio umbigo, porque geralmente quem paga o pato são justamente as pessoas que não têm qualquer responsabilidade sobre o processo, e estão na linha de fogo. Mais uma medida no mínimo imatura. 

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