terça-feira, 23 de abril de 2013

João Monlevade: a cidade que não respeita quem fez a história

João Monlevade é uma cidade que não respeita quem fez a sua história. Aqui, homenageiam apenas os que morrem quando estão no auge ou, raramente, os vivos que aqui deixaram suas obras. Poderia aqui citar um extenso nomes de pessoas que tanto trabalharam pela nossa João Monlevade, como voluntários e que também atuaram na política quando vereadores não recebiam salários. A começar pelo meu pai, saudoso Sebastião Gomes de Melo, “Tião de Melo”, que deixou um legado de obras, tanto no Bairro Vila Tanque – onde viveu a maior parte de seu tempo – como na cidade. Deram a ele o nome do campo de futebol do Recreativo, Clube que ele e os moradores do bairro construíram, da mesma forma que ergueram a Igreja do Vila Tanque e a sede da Arpas. E posso parecer que estou aqui legislando em causa própria – mas o faço com muito orgulho e propriedade -, por ser seu filho. Mas falo também em nome de outros saudosos moradores da Vila, que tanto sangue deram a esta cidade e jamais foram lembrados. E, ainda aguardo com ansiedade que os nomes das ruas do Vila Tanque, representados por números, passem a receber nomes dos homens que se tornaram imortais pelas obras que ali deixaram. E o ex-vereador Gleber Naime de Paula, sem nenhum a história no bairro – onde residiu por pouco tempo – acabou denominando a Praça da Igreja de “Praça da Paz”, deixando de lado nomes dos imortais. E na época, enquanto legislador, convenceu parte daquela comunidade a engolir o nome, cuja “Paz” ali fazia uma alusão à China.

Pois bem, mas vou aqui enumerar apenas alguns vilatanquenses que têm todo o direito de se fazerem representar com nomes das ruas da Vila Tanque, pela grande contribuição que prestaram a um dos bairros mais tradicionais e antigos de nossa João Monlevade. Todos com um currículo invejável como voluntários, ou seja, pelo prazer de trabalhar pela comunidade em que viveram. Obviamente que poderei esquecer-me de citar alguns nomes e desde já, peço desculpas aos familiares. E os que não sei o nome completo, darei os apelidos, todos conhecidos.

São eles os senhores, todos saudosos, esquecidos pelas autoridades que detém o poder de prestar esta homenagem póstuma: Sebastião Gomes de Melo, Clemides Barros (Seu Nozinho), Otelino da Paz, Caetano de Souza, Helena Gonçalves, Lucilo de Souza, Armindo da Mata, Hugo “Bombeiro”, José Rosa, Francisco Fonseca, João Gregório, Dona Naca, Seu Totó, Seu Narciso, Paulo Moreira dos Santos, Ângelo de Castro (Seu Lelé), Chico “Enfermeiro”, Maria Efigênia (Dona Maria da Lavagem), Manuel Paciência, João Barraca, Gerhart Michalick, Márcio Diniz, Sr. Antônio de Souza, Sr. Vicente da “Farmácia”, Seu “Dão”, Salvador Linhares, “Tião Pipoqueiro”, Adhemar Soares de Oliveira, “Zé Liga”, Sr. Procópio, Dona Maria José da “Arpas” e Seu Gerado “da Igreja”. E são 26 ruas o bairro, mais a Avenida do Contorno. Uma  ressalva: a antiga Rua 25 hoje é a única com nome próprio, do saudoso Paulo Silva, um grande vizinho que tivemos. E o “Morro do Julinho”, denominado de Rua Vicente Guimarães, o também saudoso “Caiana”. Portanto, está uma lista que pessoas que muito merecem a homenagem pelo muito que fizeram pela Vila Tanque. 

Um comentário:

  1. CONCORDO PLENAMENTE ! DEVEM SER RESPEITADOS E LEMBRADOS OS PIONEIROS DO BAIRRO VILA TANQUE ! BAIRRO ONDE NASCEMOS EU EMAIS 4 IRMÃOS NA RUA 21.DPS DE CASADOS EM 1951 MEUS PAIS FORAM MORAR LÁ, MAMÃE NOS DEU Á LUZ EM CASA COM A ANTIGA E AMÁVEL PARTEIRA DONA CARMEM, QUE A MAMÃE DIZIA SER UMA MULHER FENOMENAL!!!

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