quinta-feira, 25 de abril de 2013

Ação política pode prejudicar setor de Hemodiálise no Hospital Margarida


Recebi agora a pouco uma grave denúncia e que pode prejudicar um dos setores que melhor funciona no Hospital Margarida, que é a Hemodiálise. E, pelo visto, por motivações pessoais e políticas. Funcionando há mais de 20 anos no HM, todos os equipamentos foram adquiridos e instalados pelas médicas Adriana Loureiro e Lucíola Rios, que foram as pioneiras. Mais tarde entrou uma nova sócia, a Dra. Daniela Freitas Silva, que é minoritária. Nesse caso, elas têm de fazer funcionar no hospital para que tenha convênios com o Sistema Único de Saúde. Em contra partida, elas pagam uma percentagem do lucro ao HM. Aliás, o maior número de pacientes e dependentes de seções de hemodiálise são pessoas mais pobres e não somente de Monlevade, mas de toda região, e atendidas pelo SUS.

De acordo com a informação, chegada na noite dessa quinta-feira, o gerente administrativo do Hospital Margarida, Ricardo Torres – homem de confiança do ex-gestor, empresário Lucien Marques, por quem foi contratado -, teria se reunido com as médicas responsáveis, colocando várias imposições para que elas possam continuar utilizando do espaço físico do HM. Elas teriam aceitado, mas também colocaram suas regras. Mas, segundo a fonte, as médicas – diante das medidas tomadas pela direção do hospital -, não terão estabilidade para investir e até mesmo permanecer na hemodiálise, podendo tornar o setor inviável. Aí que mora o perigo, porque o homem de confiança do Lucien Marques estaria seguindo a política adotada pelo ex-patrão, que desde a época que era o gestor da unidade, tinha interesse em retirar as três médicas de dentro do HM e, como única justificativa plausível, de que elas ganham muito dinheiro e o hospital pouco. No entanto, toda a montagem, equipamentos e também benfeitorias realizadas no setor e até o pagamento dos funcionários, foram e são bancados pela Hemodiálise.

Dentro de todo esse quadro em que se desenvolve a história, sabe-se que o problema maior pode ser pelo lado financeiro, mas também há questões de ordem político-partidária, o que já se tornou uma praga em João Monlevade. Tanto que querem colocar no lugar das médias, nascidas e enraizadas na cidade, profissionais de fora e que certamente podem ter alguma ligação ou laços de amizade com a gestão. Aliás, outra informação: o ex-gestor, Marco Albano, que substituiu ao Lucien Marques, teria como uma das principais causas de sua renúncia o fato de se mostrar insatisfeito com a posição do seu antecessor e do gerente, o Ricardo Torres, que nunca teve compromisso com João Monlevade. Albano sempre defendeu a permanência das médicas Adriana, Lucíola e Daniela.

Está dito! E ainda nesta sexta-feira tentarei entrar em contato com as médicas para saber se realmente a minha fonte, ou seja, o “Passarin Verde”, está bem informado.

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