quinta-feira, 4 de abril de 2013

Sociedade além de alternativa


Nada surpreende no mundo político. Como dizia o ex-governador de Minas, Magalhães Pinto, a política é como as nuvens. “Você olha e elas estão aqui. Logo depois estão em outro lugar”. E, no nascedouro de um novo governo também surge mais um fato novo, que é o nascimento de uma sociedade que, aos olhos político-partidários, parecia impossível, ou ao menos muito improvável. Mas, diante da teoria das nuvens, nada mais natural. Chegou a mim, na noite dessa quarta-feira, que o empresário Elgen Machado, popular “Machadão”, tornou-se sócio do ex-prefeito e radialista Carlos Moreira, e num ramo que não os projetou politicamente e profissionalmente. De acordo com as mesmas fontes, ambos entraram em sociedade num processo de arrendamento – por um período de 20 anos – da antiga garagem e setor administrativo da empresa de transporte coletivo de João Monlevade, a Enscon Viação, localizada na Avenida Getúlio Vargas, Bairro Belmonte. Os empresários irão montar no local uma área de eventos para shows e espetáculos em geral, e já darão o chute inicial com o show da Banda “Sambô”, que retorna a João Monlevade no próximo dia 3 de maio, a se realizar na antiga garagem da Enscon.

Ninguém confirmou e nem desmentiu o fato. Eu, particularmente, não tenho nada com isso. Trata-se de um negócio de iniciativa privada. O engraçado é por se tratar de João Monlevade – uma cidade onde as cores não se misturam tão facilmente, numa política praticada de forma heterogênea -, imaginar um acordo entre Machadão e Moreira, ou seja, dois grupos políticos distintos… Mas também nem tão distintos assim. Afinal, a ex-vice de Carlos, Conceição Winter, teve como candidata a vice nas últimas eleições, a ex-vereadora e esposa de Machadão, Dorinha. Ou seja, nem mesmo Mauri Torres nunca se achou dono do passe do ex-prefeito Moreira e nem Machadão deixou de fazer algum investimento sem ter certeza do sucesso. Isso em nível empresarial, não politicamente e partidariamente falando, onde o primeiro sempre conquistou mais glórias do que o segundo.

Então, estamos aí e, se procede mesmo tal informação, pode-se até aguardar novidades novas – redundantemente falando – nos futuros pleitos eleitorais. Moreira e Dorinha numa chapa majoritária? Por que não? Tudo pode, como até esta banda chamada “Sambô”, que não sabe se toca rock ou se toca samba, tentando reinventar a roda e contradizendo até mesmo o jornalista, escritor e compositor Stanislaw Ponte Preta, autor do “Samba do Crioulo Doido”. Afinal, nesta sociedade, quem tem boca grande não entra. Então, como fica o Jacaré? Hehe…


2 comentários:

  1. Marcelo, è notório que Monlevade carece de uma área para eventos. Mas seria este local ideal para este propósito?
    Uma área urbana. Aquele espaço esteve locado por um empresário do ramo de calderaria por alguns meses, e devido ao barulho constante das máquinas foi alvo de diversas reclamações de moradores da região.
    Vamos aguardar o desenrolar dos fatos.

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  2. Pois é, PP, mas tá difícil. Monlevade também não tem lugar porque todos reclamam. Entre a cruz e a espada.

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