domingo, 28 de abril de 2013

Sou monlevadense da Gema. Mas ando decepcionado contigo!

João Monlevade completa hoje, 29 de abril de 2013, 49 anos de idade. Uma cidade nova, tal qual Ipatinga, no Vale do Aço, Também nasceu na mesma data de Bela Vista de Minas e outras que deixaram de ser distritos exatos 29 dias após a Revolução, ou melhor dizendo, do Golpe Militar de 31 de março de 1964, que derrubou o presidente João Goulart, o “Jango”, do poder.

Monlevadense da gema, nascido ainda quando João Monlevade era Distrito, em 22 de junho de 1959 – mas registrado no verso de minha RG: “Naturalidade: João Monlevade”. Portanto, nasci neste chão, das entranhas de Dona Geralda de Melo, minha saudosa mãe, pelas mãos da parteira Dona Carmen, na casa do meu pai, Tião de Melo. Ali, quase na esquina da Avenida do Contorno com a Rua 10, no Bairro Vila Tanque. Fui o 3º de uma família de quatro arrebentos. E tenho um puta orgulho desta cidade.

Pois é, mas hoje, quase cinco anos mais velho da cidade em que nasci, vejo meu chão meio sem rumo. Como um navio prestes a naufragar. E, a um dia do aniversário de minha Terra-Mátria, entrou em minha rede social do Facebook e leio uma postagem do amigo e jornalista Geraldo Magela, o “Dindão, diretor do jornal “Bom Dia”, onde ele denuncia o caso de um senhor, de 89 anos de idade, que teve negado atendimento médico no Hospital Margarida. E para complicar, segundo suas filhas, ao ligarem para Polícia Militar – eles negaram de fazer o B.O -, alegando que “se não havia médico, não teria como fazer o boletim”. Uma vergonha e uma afronta, para começar, ao “Estatuto do Idoso”. E para com a população de um modo geral. Aliás, já virou moda o Hospital Margarida e agora também o PA não terem médicos plantonistas nos finais de semana. E não apenas pediatras ou obstetras, mas também clínicos. E continuaremos calados? O Ministério Público continuará de braços cruzados? E pior: os homens que governam a nossa cidade, que foram eleitos pelo voto popular, estão fazendo o que de prático? A não ser politicagem, indo para os jornais e falar, falar e falar. Visitar o HM, visitar o PA e o escambal, mas nada resolvem. Principalmente os vereadores que foram reeleitos, já que o problema se tornou mais grave nos últimos três anos. Todos muito bons na teoria. Porque ainda não se prestaram ao papel de levar esse caos até as últimas consequências. Por medo ou apenas “camaradagem”? O nosso papel, enquanto imprensa, é denunciar. E os seus, nobres edis, é levar isso a fero e fogo e doa a quem doer. O povo é que não pode continuar levando ferro.

Estamos completando 49 anos e muito pouco para se comemorar. Uma cidade feia, cheia de mato, com suas vias públicas emburacadas, maltratada. Sem atitude de nossos homens públicos, omissos. Sinto, sinceramente, como monlevadense da gema, que somos governados por uma “máfia”, onde apenas os seus membros tiram proveitos. Uma minoria esmagadora diante de uma população em torno de 75 mil habitantes. Onde eles fazem e acontecem. Onde o compromisso é apenas com seus pares e não com a comunidade.

Monlevade, te digo, com muita tristeza na alma, mas você está uma vergonha. Ando decepcionado contigo. E ainda tem gente que vive ao meu lado e diz que estou deixando me levar por “conversinhas”. PQP!


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