terça-feira, 2 de abril de 2013

O povo é o estopim da bomba


Três meses de governo e hoje, 3 de abril, os funcionários públicos municipais entram numa pré-greve, já apelidada de “Paralisação de Advertência”. Apelido pra inglês ver, porque já se trata claramente de um estopim para que bomba seja colocada em ação. Afinal, o prefeito Teófilo Torres apresentou uma proposta salarial não muito convincente aos olhares da categoria, que foi de reajuste zero por cento. E, além disso, o novo governo pretende dar fim a algumas conquistas adquiridas pelo funcionalismo em negociações passadas. E, entre elas, até colocar fim às eleições nas escolas, segundo citou o professor Afonso Ferreira em seu Blog, “Leão de Chácara”. Ele afirmou que “como é que o prefeito pode pensar que aceitaremos participar dessa negociata, regada a severas ameaças, por exemplo, de alterar a lei 920/89 ‘no peito e na marra’, procurando privilegiar os seus cupinchas, nomeando-os diretores das escolas públicas municipais”. Não acredito que a administração tucana faça retroceder um avanço tão importante para a classe do magistério, que há anos elege democraticamente os seus diretores.  Seria uma estupidez muito grande caso o prefeito tomasse tal atitude e prefiro acreditar em seu bom senso de manter as eleições nas escolas públicas municipais.

Pois bem, mas olhando para o retrovisor, sentimos que muito pouco se fez nesses três meses de governo. Logicamente que, e como já escrevi aqui mesmo, é muito pouco tempo. Não se pode cobrar um início de administração acelerada, como fez Carlos Moreira e Gustavo Prandini, nos primeiros meses de seus governos, e que depois tiveram de pedir pinico para conseguir saldar os compromissos, mas também não estamos cobrando nada de anormal, ou seja, serviços essenciais. Mas também não podemos aceitar certas incoerências, já que não há recursos para quase nada e projetos sociais já até foram retirados de pauta, enquanto se abre um edital para contratar uma assessoria para atender à Secretaria de Fazenda. Ora bolas, quem comanda a referida pasta não é a ex-prefeita de Nova Era, Laura Carneiro, referência em gestão pública? Assessoria então pra quê? E agora alugam um imóvel no Baú, para onde deverá se transferir a Secretaria Municipal de Educação. E qual o valor do aluguel? R$ 50 mil mensais? Não posso acreditar, porque o chefe do Executivo estaria agindo totalmente em confronto contra seu próprio discurso. Afinal, economizar é prioridade em seu governo. Tanto que nem a cidade até hoje viu uma vassoura, uma enxada e uma tesoura de aparar grama.  

Pois bem, mas o ciclo segue e, a partir do movimento dos servidores públicos, teremos melhores condições de fazer um balanço da situação. Depois a gente fala mais...

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