segunda-feira, 15 de abril de 2013

Mittal deve respeito a Monlevade


Nós, monlevadenses, corremos sérios riscos de ter a nossa empresa-mor seguindo os passos de sua co-irmã na cidade de Sabará, onde hoje são empregados apenas 300 metalúrgicos. Isso em razão da política adotada pela alta cúpula da ArcelorMittal de abandonar de vez o projeto de expansão da Usina de Monlevade, cuja obra estaria marcada para ser iniciada em 2007. No entanto, em razão da crise econômica que assolou os Estados Unidos, em 2008, somente se iniciaram em 2010. No entanto, o mesmo caos se expandiu para o Velho Continente, há dois anos, o que acabou provocando a paralisação das obras. E, como essa justificativa, quem pode sofrer as conseqüências somos nós, ou seja, toda a população de João Monlevade. Isso é a comprovação maior da falta de compromisso da empresa dirigida pelo indiano Lakshmi Mittal para com a nossa cidade, que pode fazer com que a Usina tenha uma redução drástica em seu quadro de funcionários, hoje em torno de 1.200 operários.

De acordo com informação dado pelo próprio presidente do Sindicato dos Metalúrgicos, Luiz Carlos da Silva, o “Beiço”, existe um documento datado de outubro de 2012 que mostraria que a ArcelorMittal propõe construir apenas um novo laminador na unidade local. Com isso, o projeto de expansão seria abandonado e a empresa passaria a adquirir o aço bruto da Companhia Siderúrgica Tubarão, no Espírito Santo. Apenas a finalização do produto seria feita em Monlevade. “Beiço” também informou que a nova proposta da empresa reduziria o número de funcionários. Ele lembrou que a duplicação da Usina seria algo positivo, já que um emprego direto equivale a seis indiretos. “Temos um documento em mãos e não podemos deixar isso guardado”, concluiu.

Um encontro entre o dirigente sindical e vereadores ocorreu na última sexta-feira para debater o assunto e está sendo agendado agora um encontro com o prefeito Teófilo Torres. Para o presidente do Legislativo, Guilherme Nasser, é preciso também marcar uma reunião com a direção da empresa nos próximos dias e, posteriormente, uma nova data para a realização da audiência pública que seria realizada no último dia 4, mas foi adiada.

Dentro desse quadro, é preciso que toda a comunidade monlevadense esteja envolvida nessa luta para que depois não se chore o leite derramado. O que a direção da ArcelorMittal tem feito é simplesmente desrespeitar a nossa história e do que sempre representou a Belgo-Mineira para o município. E não pode simplesmente abandonar a Usina local, construindo uma nova Aciaria e um novo Alto-Forno nas unidades de Juiz de Fora e Vitória. Os operários que ajudaram a construir esta Usina merecem respeito, assim como a nossa comunidade.





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