terça-feira, 25 de junho de 2013

Justiça: Bandas de Música finalmente terão subvenção

Corporação Musical Monlevade, sob a regência do Maestro Caldeira (à esquerda), em foto feita nos anos 1960, durante um Festival realizado na cidade de Diamantina. Uma tradição na cidade

Finalmente as corporações musicais de João Monlevade poderão respirar mais aliviadas e não mais ficar pedindo esmolas para que possam continuar levando aos quatro cantos esta atividade tão sublime e tradicional, como são consideradas as Bandas de Música. E Monlevade sempre foi um celeiro de ótimos talentos, passando de geração a geração. Tudo depende apenas da votação da nova LDO – Lei de Diretrizes Orçamentárias -, através de um Ante Projeto de autoria do vereador Vanderlei Miranda, que concede Subvenção às Corporações Musicais Monlevade, Guarani e São Luiz Maria de Monfort. De acordo com a matéria, a ser votada esta semana, a lei tem por finalidade garantir o apoio financeiro às bandas. Dessa forma, a partir deste mês de junho cada uma das corporações receberá o valor mensal de R$ 2 mil, para ajudar ao menos na manutenção e aquisição de novos instrumentos. O valor não é ainda o suficiente para manter as bandas, já que há gastos em transportes, principalmente em viagens para cidades onde ocorrem festivais. Mas, já é um primeiro passo dado pelo vereador.


A medida virá em ótima hora. Um dos músicos mais antigos e amantes desta bela arte, Júlio Domingues, popular “Julinho”, em conversa que manteve comigo, ao lado do filho e também músico, Dr. Wildes, em abril passado, dizia exatamente sobre a falta de compromisso do poder público para com as corporações musicais da cidade. Ele chegou a fazer um desabafo, quando coordenei um Sarau em sua homenagem, no último dia 30 de abril, tecendo duras críticas pelo descaso com os músicos que lutam para manter viva esta tradição. Segundo Julinho, muitos se sacrificam porque são obrigados a pagar passagens dos próprios bolsos para comparecer aos ensaios e até mesmo nas festividades, sem condições para isto. Portanto, chega em muito boa hora esta lei, mas que fique bem claro: não estão fazendo favor algum às nossas bandas de música, as tradicionais “Furiosas”, como dizia o saudoso Antônio Gabriel de Araújo, um apaixonado pela arte. Afinal, tal projeto chega com muito atraso, mas parabéns ao Vanderlei Miranda pela iniciativa.

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