quarta-feira, 26 de junho de 2013

A Mudança é pra Já! Acabou-se a era do “Biscoito Polvilho”

Hoje, como brasileiro, pude ver que dependia apenas de um empurrão do povo para que as coisas começassem a tomar jeito. Obviamente que estamos anos-luz do satisfatório, mas já é um grande ponto de partida. E melhor é ver um movimento que nasceu sem a bandeira partidária. E podem tentar desmistificá-lo como sendo apenas “mais um”, que é mentira. Os últimos acontecimentos populares que ocorreram no Brasil foram lançados por partidos políticos, desde as “Diretas, Já”, em 1984 – quando o governo militar já desejava mesmo deixar o poder -, até o ano de 1992, com o Impeachment do presidente Fernando Collor, que foi patrocinado pelo Partido dos Trabalhadores e que tinha a UNE – União Nacional dos Estudantes – como a sua “testa de ferro”. Agora, não. Não nasceu do PT (aliás, muito menos dele), do PSDB, do PMDB e nem do DEMO. Veio de um povo insatisfeito, revoltado com o desmando dos governos estaduais e federal, com os gastos exorbitantes para se sediar uma Copa do Mundo, e também para com o Congresso Nacional, e cujo estopim da bomba foi o reajuste na tarifa do transporte coletivo em São Paulo. Juntou-se a esta famigerada Copa das Confederações e o momento tinha der agora. Não podia esperar acontecer mais nada! E com a presença desta corruptível FIFA, presidida pelo corrupto Joseph Blatter.

Pois bem, mas quem pensava que tudo não passaria de mais um “joguinho de interesses” e um movimento “biscoito polvilho”, parece ter se enganado. Tanto que, em apenas uma semana de protestos, as tarifas do transporte coletivo foram reduzidas na maioria das capitais brasileiras e em outras grandes cidades. Os calhordas representantes do povo no Congresso Nacional tiveram de tirar a bunda da reta e votaram contrários à PEC 37, que tiraria o poder investigativo por parte do Ministério Público contra os poderes Executivo e Legislativo. Foram 430 votos contrários e apenas nove favoráveis. E olhem que só da Bancada Mineira na Câmara Federal, 24 deputados era a favor da PEC 37 e apenas o Bernardo Vasconcelos, filho do ex-parlamentar José Santana, manteve sua posição. Os demais, entre eles os petistas Leonardo Monteiro (majoritário em Monlevade), Padre João, Miguel Corrêa e Odair Cunha, a comunista Jô Moraes, os tucanos Rodrigo de Castro (majoritário em Monlevade) e Paulo Abi-Ackel, os peemedebistas Mauro Lopes e Newton Cardoso etc, queriam que a medida fosse aprovada. Tinham medo de serem investigados pelo MP. E valeu o povo ter ido às ruas, porque tiveram de voltar atrás por medo. Também pudemos observar cenas de um palco circense diante das câmeras, quando da votação da PEC, entre discursos nunca antes imagináveis. Ver e ouvir o presidente do Senado, o ladrão Renan Calheiros, solicitando votação em caráter de urgência no projeto que determina crimes de corrupção (o chamado “Colarinho Branco”) como hediondo. Cômico, se não fosse trágico.

E, fechando a manhã de hoje, uma decisão que não ocorria no Brasil desde a promulgação da nova Assembléia Nacional Constituinte, de 1988 – a mesma que a presidente Dilma Roussef não tinha conhecimento de sua existência -, o STF determina a prisão do deputado Natan Donadan, do PMDB de Rondônia, acusado por. Crimes de Peculato, ou seja, contra a administração pública. Sai do Congresso direto para a cadeia, para cumprir pena de 13 anos e 10 meses. Até a semana passada isso seria impossível. Neste país tupiniquim.

Falemos agora de nossa cidade, João Monlevade. Vocês acham que o prefeito Teófilo Torres tomaria três decisões nos três primeiros dias desta semana, se não fossem as manifestações populares que, felizmente, também chegaram ao nosso município? O prefeito Teófilo Torres determinou o retorno dos projetos implantados no governo do ex-prefeito Gustavo Prandini de Assis, que foram o “Bebê a Bordo” e o “Transporte Universitário”, que havia acabado logo que assumiu o Executivo, e na quarta-feira determinou que a metade do 13º salário dos servidores será pago no dia 31 de julho. Mas, quem ofereceu zero por cento aos funcionários da Prefeitura, é uma questão de fazer média. Mas tudo só porque o povo está nas ruas. Agora, falta a redução no preço das passagens de ônibus e mais algumas coisas.

A cada jeito e de todas as formas pacíficas e justas, eu protesto. Daqui de frente do meu PC, pelo Blog, pela rede social do Facebook e pela Coluna que assino no jornal “Última Notícia”, que circulas todas as sextas-feiras.

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