terça-feira, 18 de junho de 2013

Duplicação da 381 não passa por Monlevade. Já vi este filme

Neste trecho, entre Monlevade a São Gonçalo, as mesmas curvas na mesma serra e o mesmo perigo

Manchete de hoje no jornal “A Notícia”: “Rodovia duplicada não vai passar em Monlevade”. Para mim, nenhuma surpresa e já havia cantado esta pedra há alguns meses, aqui em meu Blog e na rede social do Facebook. E o primeiro a me questionar foi o músico Marco Martinho, outro que enfrenta a dureza desta estrada constantemente e muito batalha de sua forma pela obra de duplicação. Pois é, mas desde quando era prefeito de Monlevade o radialista Carlos Moreira, lá por volta de 2006 – quando o mesmo não quis assinar um documento com relação à obra exatamente porque a proposta do Dnit era de que a mesma deixasse o trecho normal da 381 em São Gonçalo do Rio Abaixo -, este caso já estava desenhado. E definido.

Não precisa ser nenhum especialista em tráfego ou entender de geografia para fazer uma breve análise, ou seja, de que construir uma nova estrada a partir do rio Una, em São Gonçalo, passando por Itabira até reencontrar a 381 em Nova Era, é muito mais viável do que duplicar o trecho que compreende a serra que começa ali próximo ao “Montanha Lanches” e culmina praticamente em frente ao “Posto Recreio”, sentido Monlevade a Belo Horizonte. Infelizmente, vamos pagar este preço. Agora, a surpresa é que também não serão duplicados o lote 1 – que iria de Governador Valadares a Belo Oriente -, e nem o lote 2 – que vai da Cenibra até o trevo de Taquaraçu -, num total aproximado de 100 Kms. Ou seja, do total de 303 Kms no trecho entre a capital até Valadares, que estava no planejamento para receber a obra, serão duplicados apenas 170 Kms.

Mais uma vez nós iremos pagar pela falta de compromisso e exatamente num dos trechos mais perigosos da BR-381, que é de Monlevade a São Gonçalo. Monlevade, cuja cidade é uma mais penalizada com a carnificina desta rodovia, ficará fora do processo de duplicação que vem com um atraso de mais de duas décadas. O lado que atenua um pouco essa frustração é que o tráfego de veículos e principalmente de carretas irá reduzir consideravelmente, mas isso prejudicará em muito os comerciantes que têm estabelecimentos neste trecho a não ser duplicado. E há grandes grupos nesse meio.

Portanto, Duplicação da 381, já! Mas desde que não passe pela nossa cidade. Este é o presente de grego que recebemos do governo federal. Mas fica o consolo em relação ao mala sem alça do ex-diretor do Dnit e hoje deputado e secretário de Estado, Alexandre Silveira, que agora irá certamente diminuir bastante as suas visitações e encontros em Jota Monlevade City.

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