quinta-feira, 20 de junho de 2013

Estudantes deixam as ruas e protestam na “Casa do Povo”

Do lado de fora, os manifestantes gritavam palavras de ordem

Cerca de 800 estudantes, a maioria da UFOP e UEMG, deixaram ontem as ruas e foram protestar na Câmara Municipal, chamada “Casa do Povo”. Munidos de faixas e com palavras de ordem, eles literalmente tomaram o Plenário e as demais dependência do Poder Legislativo. De forma pacífica e sem nenhum ato de vandalismo – a não ser os habituais palavrões -, eles permaneceram no local durante horas e provocou atraso na reunião ordinária. Também que alguns projetos deixaram de entrar em pauta, entre eles um de autoria do Executivo, que pede autorização para se firmar um convênio junto ao BDMG, na ordem de R$ 3 milhões, verba esta a ser utilizada para obras de recapeamento asfáltico em vários bairros da cidade. Aliás, proposta bem incoerente para quem tanto criticou a esses tipos de convênios firmados no governo do ex-prefeito Gustavo Prandini de Assis. 
Tanto que, o último deles e aprovado pelo Legislativo no ano passado, que possibilitou a liberação de verba na ordem de R$ 5 milhões – usado agora para asfaltar ruas e avenidas de alguns bairros, entre os quais a Avenida do Contorno, na Vila Tanque -, teve votos contrários do vereador Guilherme Nasser e do ex-vereador Sinval Jacinto Dias. Mas isso é pauta para outro assunto.

Mas, voltando a falar nos atos de protestos que tomam conta de todo o país, a manifestação de ontem foi a segunda apenas nesta semana. O primeiro ocorreu na segunda-feira e tomou as avenidas principais de Carneirinhos, também de forma pacífica. E o mais interessante é que o movimento não tem qualquer sigla partidária na frente de batalha, apesar de alguns elementos tentarem a todo custo tornar as manifestações apenas em caráter regional, ou seja, não elevar o tom dos protestos e das críticas contra o governo petista da senhora Dilma Roussef, como ocorre em todas capitais do país. Depois de deixaram a Câmara, os manifestantes se dirigiram aos bairros República e Aclimação e protestaram próximos às casas do ex-prefeito Carlos Moreira e do prefeito Teófilo Torres. Mas nenhum incidente foi registrado.

Mais um ato de protesto está marcado para ser realizado neste sábado, 22, quando espera-se a presença de cerca de mil pessoas. Especificamente em João Monlevade, os protestos não têm endereço certo, ou seja, um foco para as reivindicações, mas, da mesma forma onde o movimento nasceu, ou seja, na capital paulista, uma das lutas é pela redução na tarifa do transporte coletivo e passe livre para os estudantes. Outras questões também fazem parte dos protestos, como gastos exorbitantes do dinheiro público na construção dos estádios de futebol visando a Copa do Mundo, e por melhorias nas áreas de educação, saúde e segurança pública. E, aproveitando o momento, os professores da rede municipal de ensino também fazem os seus protestos contra o governo municipal, entrando na onda das manifestações, e com toda justiça, diga-se de passagem.

                                   Uma multidão de estudantes tomou ontem o Plenário da Câmara

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