Aqui, em meu programa "Plantão Cultura", pela emissora, no "Dia da Imprensa", com os jornalistas Geraldo Magela, Wilson Vaccari, Gilson Eloy e Chico Franco, no final dos anos 1990
Wilson Vaccari, um cara
ímpar, diferenciado. Não morria de amores por ele e nem ele por mim, mas a sua
sinceridade e a minha fizeram com que os nossos caminhos se cruzassem. Durante quase
dois anos, a convite do então diretor da Rádio Cultura, Carlos Moreira, fizemos
o programa “Plantão Cultura”, que ia ao ar de quatro às seis da tarde, de
segunda a sexta-feira. E uma audiência sempre em alta, exatamente pela nossa
forma de fazer jornalismo. Fazíamos sem medo, sem censura, de forma arrojada. E eu muito aprendi com ele, entre 1997 a 1998.
Conheci Vaccari muito
antes de me tornar jornalista. Ainda era adolescente, da Vila Tanque, e ele
atuava como Relações Públicas do então prefeito Antônio Gonçalves, o “Pirraça”.
E, quando comecei a carreira no jornal “A Notícia”, em novembro de 1984,
Vaccari era o presidente da Câmara Municipal. E foi ali que, apesar das
divergências e os lados opostos – entre poder e imprensa –, nos tornamos meio
pares. Mais que ímpares. O cara que sempre teve história na cidade, depois de
se aposentar como jogador de futebol profissional. Ativista cultural nato, organizou
carnavais de rua, festivais da canção, gincanas, eventos esportivos. Ele, ao
lado do também saudoso Guido Walamiel, tornaram-se diferenciados para a
história artístico-cultural de João Monlevade, onde posso acrescentar mais um:
o ex-vereador e promoter João Bosco Vieira Paschoal.
Pois é, mas ele se foi,
natural de Barão de Cocais, no final da noite desta terça-feira, 11 de junho de
2013, às vésperas do Dia dos Namorados. E há algum tempo já nem nos falávamos,
mas sempre nos respeitamos. Como homens da imprensa, polêmicos e irreverentes, como
parceiros em um programa de rádio. Lá se foi, logo depois do amigo Nino
Prandini, que também partiu numa terça-feira, uma semana antes. Assim passamos
por esta vida, mas a obra de Wilson Vaccari o torna imortal nesta terra de João
Monlevade.
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