Falta de respeito por
parte da Secretaria de Educação e do prefeito Teófilo Torres que, talvez como
forma de tentar pressionar os professores da rede municipal de ensino – em “Operação
Tartaruga” desde ontem, segunda-feira -, não alteraram os horários dos ônibus
da “Rota”, que fazem o transporte dos estudantes. Os alunos do horário matutino
estão sendo dispensados às nove e meia, enquanto os do período vespertino às
três e meia, ou seja, duas horas antes do término normal. Inicialmente, a
Secretaria de Educação confirmou que faria a alteração dos horários da “Rota”, como
forma de não prejudicar o retorno dos estudantes às suas casas, mas
simplesmente “caiu no mato”, como afirmaram algumas mães de alunos, que
entraram em contato comigo na tarde de hoje. Dessa forma, em muitos casos em
que os pais trabalharam fora e não podem buscar os filhos menores, estes estão
sendo obrigados a ficar nas escolas por duas horas até a chegada dos ônibus.
Se por um lado os
estudantes estão sendo prejudicados pela redução nos horários das aulas, por outro
os professores têm toda razão de se manifestarem. Aliás, decidiram acabar com a
greve e encontraram como solução a “Operação Tartaruga”, que objetivo mostrar a
insatisfação da categoria, que mais uma vez é desrespeitada pelo Executivo, que
não cumpre ao menos o índice de reajuste concedido pelo FUNDEB – Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de
Valorização dos Profissionais da Educação. Em vigor desde 2007, este fundo veio
para promover a valorização dos professores.
Agora,
não tenho a menor dúvida de que a medida tomada pelo prefeito Teófilo Torres em
desautorizar a mudança de horários dos ônibus que fazem a rota escolar pela
rede municipal de ensino, é no mínimo despreparo em governar, usando de uma
tática de revanchismo e que prejudica somente os estudantes, muitos deles ainda
crianças e adolescentes e que ficarão expostos em frente às escolas por um
período tão extenso. Não se pode governar pensando no próprio umbigo, porque
geralmente quem paga o pato são justamente as pessoas que não têm qualquer
responsabilidade sobre o processo, e estão na linha de fogo. Mais uma medida no
mínimo imatura.
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