Recebi agora a pouco uma grave denúncia e que pode prejudicar
um dos setores que melhor funciona no Hospital Margarida, que é a Hemodiálise.
E, pelo visto, por motivações pessoais e políticas. Funcionando há mais de 20
anos no HM, todos os equipamentos foram adquiridos e instalados pelas médicas
Adriana Loureiro e Lucíola Rios, que foram as pioneiras. Mais tarde entrou uma
nova sócia, a Dra. Daniela Freitas Silva, que é minoritária. Nesse caso, elas
têm de fazer funcionar no hospital para que tenha convênios com o Sistema Único
de Saúde. Em contra partida, elas pagam uma percentagem do lucro ao HM. Aliás,
o maior número de pacientes e dependentes de seções de hemodiálise são pessoas
mais pobres e não somente de Monlevade, mas de toda região, e atendidas pelo
SUS.
De acordo com a informação, chegada na noite dessa
quinta-feira, o gerente administrativo do Hospital Margarida, Ricardo Torres –
homem de confiança do ex-gestor, empresário Lucien Marques, por quem foi
contratado -, teria se reunido com as médicas responsáveis, colocando várias
imposições para que elas possam continuar utilizando do espaço físico do HM. Elas
teriam aceitado, mas também colocaram suas regras. Mas, segundo a fonte, as
médicas – diante das medidas tomadas pela direção do hospital -, não terão
estabilidade para investir e até mesmo permanecer na hemodiálise, podendo
tornar o setor inviável. Aí que mora o perigo, porque o homem de confiança do
Lucien Marques estaria seguindo a política adotada pelo ex-patrão, que desde a
época que era o gestor da unidade, tinha interesse em retirar as três médicas
de dentro do HM e, como única justificativa plausível, de que elas ganham muito
dinheiro e o hospital pouco. No entanto, toda a montagem, equipamentos e também
benfeitorias realizadas no setor e até o pagamento dos funcionários, foram e
são bancados pela Hemodiálise.
Dentro de todo esse quadro em que se desenvolve a história,
sabe-se que o problema maior pode ser pelo lado financeiro, mas também há
questões de ordem político-partidária, o que já se tornou uma praga em João
Monlevade. Tanto que querem colocar no lugar das médias, nascidas e enraizadas
na cidade, profissionais de fora e que certamente podem ter alguma ligação ou
laços de amizade com a gestão. Aliás, outra informação: o ex-gestor, Marco
Albano, que substituiu ao Lucien Marques, teria como uma das principais causas de
sua renúncia o fato de se mostrar insatisfeito com a posição do seu antecessor
e do gerente, o Ricardo Torres, que nunca teve compromisso com João Monlevade. Albano
sempre defendeu a permanência das médicas Adriana, Lucíola e Daniela.
Está dito! E ainda nesta sexta-feira tentarei entrar em
contato com as médicas para saber se realmente a minha fonte, ou seja, o “Passarin
Verde”, está bem informado.
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