quarta-feira, 2 de outubro de 2013

O Livro sobre a vida e morte do Dr. Louis Ensch

O luxemburguês e a dama

O engenheiro, professor e escritor Marc André Meyers, 67, estará lançando seu mais novo livro em João Monlevade. Ele escolheu a nossa cidade para lançar sua mais nova obra literária não foi por acaso. Nascido em Belo Horizonte, foi aqui quem passou a infância, para onde se mudou com o pai, Henry Meyers, a mãe Mariana Meyers e os irmãos, quando o pai veio trabalhar na Belgo-Mineira, onde chegou a gerente da Usina. Depois formou-se em Engenharia pela UFMG e, desde 1988, é professor de Ciência de Materiais na Universidade da Califórnia, San Diego, nos Estados Unidos.

O livro “A Dama e o Luxemburguês” narra a trajetória de vida e morte do engenheiro luxemburguês Louis Jaques Ensch, e de sua esposa. Dr. Ensch, como era conhecido pelos operários das usinas de Monlevade e Sabará, foi o principal responsável pela instalação da Belgo-Mineira na cidade, cuja pedra fundamental foi lançada em 31 de agosto de 1935. Falecido em setembro de 1953, em Luxemburgo, fez um último pedido: ser sepultado em João Monlevade, no que foi atendido pela esposa, que o acompanhava na viagem. Assim, veio de navio até o Rio de Janeiro e de lá pela estrada de ferro até Monlevade, sendo enterrado no histórico cemitério dos escravos, localizado próximo ao Social Clube, Bairro Vila Tanque. Mas sua morte até hoje é um mistério, e Marc Mayer narra isso em sua obra literária, em detalhes, Tudo faz-se entender que Dr. Louis Ensch suicidou-se e na ocasião deixou duas cartas: uma para sua companheira e outra para o Dr. Albert Sharlé, que foi seu sucessor no comando da Usina em João Monlevade.

Durante os anos que resgato a história de João Monlevade, através do “Morro do Geo”, e nas palestras que faço nas escolas do município, sempre me preocupo quando falo sobre a morte de Louis Ensch, pois sempre tive a impressão de que ele não teve morte natural. Afinal, é difícil imaginar que alguém possa deixar uma carta, com um pedido, sem que tenha a sensação que está para se despedir. Portanto, vale muito a pena ler a obra literária do Marc Mayers.

Capa do Livro, que retrata os bailes da época de glamour em João Monlevade, entre os anos 1940 e 50, após a inauguração do Hotel Cassino


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