“Seria cômico se não
fosse trágico”. A frase me fez pular aos ouvidos ao ler ontem, na rede social
do Facebook, uma mensagem em forma de charge, com os seguintes dizeres: “não
vote em candidatos corruptos, porque usando dessa prática, não será vítima, mas
sim cúmplice”. Mas tenho uma pergunta: como saber escolher um candidato não
corrupto antes que ele assuma o poder?
Não vamos muito longe,
mas o Partido dos Trabalhadores é o fiel exemplo da balança para um estudo de
doutorado. Afinal, ele foi fundado em 1980, vindo das bases operárias, e com
uma proposta radical em termos de transparência administrativa, lutando pela
igualdade social, pelo fim da corrupção e valorizando as classes menos
valorizadas. Eu mesmo me filei ao PT em 1981 e fui, durante alguns anos,
defensor de sua bandeira e de seus ideais. Qual jovem (estava eu com 21 anos na
época) não gostaria de seguir os caminhos que nos levassem a lutar contra as
injustiças sociais? Pela moralidade na política e pelo fim das práticas
coronealistas. Mas que nada, tudo ficou apenas no papel...
Por quê? Porque o PT se
transformou em farinha de um mesmo saco. Há 10 anos no poder, iniciado em
janeiro de 2003, o que fez de diferente o partido da estrela vermelha? Caixa-2
de campanha, Mensalão, apadrinhamento político, a agremiação de “esquerda”
transformou-se numa verdadeira quadrilha, liderada pelo “Ali babá” José Dirceu
e com apoio do senhor Luiz Inácio Lula da Silva, que nunca viu, nunca ouviu e
nunca soube de nada, anedotamente falando. Assim o PT, que nasceu para
transformar o Brasil com seu discurso moralista e transformador e que, na
prática, seria a salvação de nosso país, ficou apenas na teoria. Seguiu o mesmo
rumo da antiga quadrilha. Tanto que Lula e seu PT aliaram-se a outras velhas
raposas de nossa política do assistencialismo e do engodo, entre eles José
Sarney, o falecido ACM, Paulo Maluf, Renan Calheiros, Jader Barbalho e outros representantes
legítimos do que há de pior no Congresso Nacional, a pura escória. Fica difícil
saber quem é pior...
Portanto, entre o PT,
PSDB, PMDB, PDT, Demo, fico com nenhum. Porque o político que não seja
corrupto, nós só iremos conhecer depois que ele assumir o poder. Assim, voto NULO
em 2014. E não venham os pseudos-moralistas e intelectuais de merda dizer que
assim nada mudaremos. Quem sabe, mudamos alguma coisa agindo dessa forma
radical. Entre Dilma, Aécio e Cia, atire a primeira pedra! Eu? Tô fora!
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