Lendo agora a pouco a
última postagem do amigo Chico Franco em seu Blog, duas coisas me chamaram a
atenção: o tal repasse que a Câmara Municipal faz à Prefeitura em forma de
devolução e a contratação de uma empresa de consultoria para planejar o
trânsito em Monlevade. Como se diz no popular, “Ora Bolas”!
Sobre o primeiro item,
essa coisa de devolver dinheiro à Prefeitura, por parte da Câmara, virou mesmo,
como diz o Chico, uma política que “dá nojo”. Realmente, como o Legislativo vai
devolver dinheiro ao Executivo se ele não tem receita? E essa prática
politiqueira para inglês ver foi iniciada na gestão do então ex-vereador
Juninho Starling, em uma das vezes que ele ocupou a presidência da Câmara
Municipal de João Monlevade, data-vênia, no período de 2005 a 2006, quando
Carlos Moreira exercia seu segundo mandato de prefeito. A partir dali surgiu
essa presepada para enganar bobo e, também se não estou enganado, a primeira
vez foi para que o dinheiro fosse investido no Hospital Margarida. Se eu
estiver errado na data e no repasse da verba, que o amigo Juninho me corrija.
Mas que foi com ele que tudo começou, foi. Depois, com Zezinho Despachante na
presidência (2007/2008), a mesma prática de se fazer política suja com dinheiro
que sempre foi mesmo do Executivo. Veio então Dorinha Machado, Pastor Carlinhos
e agora Guilherme Nasser e a mesma historia da carochinha de que a Câmara está
fazendo um grande favor e caridade ao governo, “devolvendo” dinheiro aos cofres
públicos. Piada de salão. O povo, que já não é assim tão bobo, não cai mais
nesse truque de angariar votos e melhorar a imagem do Poder Legislativo.
No segundo ponto, Chico
Franco cita o fato de a Prefeitura estudar a possibilidade de contratar uma
consultoria para melhorar o nosso trânsito de cada dia. Meu Deus, se não estou
enganado, logo após a vitória do então candidato Teófilo Torres, o caro
engenheiro José Jaime – na época afastado do Settran -, foi entrevistado pelo
jornal “A Notícia” em mais de ½ página apresentando soluções para o trânsito de
Monlevade e afirmando, naquela época, que tinha um projeto para a área. Ou
seja, era só ser novamente contratado pela Prefeitura que iria resolver o
problema. Pois bem, Teófilo Torres, ao assumir a cadeira de chefe do Executivo,
ouviu seu pedido e o convidou a reassumir o Settran. E, passados oito meses de
governo, o que José Jaime fez de concreto com seu projeto? Agora, gastar
dinheiro para contratar uma empresa já é brincadeira! Aliás, o engenheiro está
no cargo desde o governo do saudoso Germin Loureiro (1993/1996), passou pelo
Dr. Laércio, Carlos Moreira (dois mandatos) e mais dois anos com Gustavo
Prandini. Retornou e daí, o que foi feito de Vera?
Pois é, mas difícil
prever rumos positivos para a nossa querida Jota Monlé City, diante de tanto
engodo político e ações fantasiosas. De vereadores mais preocupados em aparecer
e que se fazem de oposição apenas nos discursos, mas que na verdade são fantoches
nas mãos de grupos radicais. E de outros situacionistas aproveitadores que só
têm compromisso em ser pau-mandado. Estes são os nossos representantes, com
raríssimas exceções, meus caros conterrâneos.
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